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23/12/2021 03:47:06 PM

Dec23

Nesta época do solstício de inverno no hemisfério norte, quando os dias alcançavam sua menor duração e as noites sua mais longa duração, nossos ancestrais pré-históricos celebravam uma festa.  Antes de haver Natal, antes de haver Chanucá, havia uma outra festa nesta época do ano.  

 

Temerosos de que o dia pudesse se dissolver na noite, exercitavam ritos e magias para trazer de volta o dia... eles acendiam fogueiras, luzes na terra oferecidas na esperança de reacender as luzes do céu.  Com medo dos demônios da noite que se revelariam na noite mais longa do ano, giravam em torno das fogueiras.  Na escuridão assustadora e longa do solstício, buscam a proteção das luzes comunais.  

 

Nossos irmãos cristãos tiveram a mesma ideia.  Para eles era a escuridão do pecado que cercava o mundo pela inabilidade humana de agir com consciência pura e abnegação, e somente a verdadeira graça de Deus, através da vinda de Jesus, poderia salvar a humanidade. Jesus entrou no mundo e a escuridão do pecado foi dissipada por sua luz. 

 

Nossos irmãos cristãos também usaram o festival do solstício como um símbolo.  Eles celebravam a alegria da vinda da luz para um mundo escuro, a vinda da esperança para um mundo de desespero, o nascimento miraculoso Jesus criança.  E usaram os mesmos antigos símbolos pagãos... luzes nas janelas, luzes em suas fogueiras. As luzes do Natal simbolizam a chegada redentora de Jesus a um mundo cego pela escuridão opressiva do pecado.  A luz do Natal representa a presença amorosa de Deus.  Mas a presença em cuja vinda os seres humanos não tomam parte. Pelo contrário, de acordo com a história do Natal, a luz de Jesus entra no mundo precisamente porque os seres humanos tinham perdido sua capacidade de ir ao encontro da redenção. Estavam tão tomados pelo pecado que somente Deus poderia ajudar a humanidade.  

 

A luz do Natal é o símbolo da graça de Deus, mas também a símbolo do fracasso de toda ação humana.

 

A nossa festa de Chanucá é a história de um pequeno jarro de óleo que brilhou oito dias;  é uma parábola – um símbolo.  Foi um milagre de uma pequena chama de luz dispersando muita escuridão.  

 

As luzes das chanukiot em nossas janelas em Chanucá não são para expulsar a escuridão do solstício, mas para reafirmar nosso comprometimento com a luz da Torá em um mundo de escuridão espiritual. O milagre acontece -  a vitória sobre os greco-sírios, a reconsagrarão  do Templo e, finalmente, o milagroso pote de óleo.  Somente depois dos seres humanos terem agido, tomado as redes da história... somente então ocorre o milagre de Deus.

 

A lição é clara:  não espere por redenção!  Isto é uma amostra do clássico ativismo judaico:  a graça de Deus, Seu “rachamim”, somente está disponível para aqueles que estão preparados para agir; aja e Deus responderá!

  

As luzes de Chanucá realmente representam a presença de Deus no mundo, mas é uma luz acesa e protegida pela ação humana.

 

Desejamos a todos os nossos irmãos cristãos um Feliz Natal cheio de Luz e saúde

 

Rabino Adrián

 

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