Dia Internacional da Mulher
10/03/2022 09:59:28 AM
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Coincidências à parte…
Estamos às vésperas de Purim, uma festa de protagonismo feminino. Festa na qual lemos a Meguilá de Esther, história na qual uma simples moça se torna rainha e consegue salvar todo um povo com suas artimanhas. Mas essa história só pôde acontecer por conta da rainha anterior, Vashti, que se negou a aparecer no banquete do rei e foi “eufemisticamente” afastada do cargo.
Neste 2022, somente uma semana nos separa Purim do dia Internacional da Mulher. Obviamente é uma grande coincidência, já que justo é um ano bissexto (no qual tivemos mais um mês de Adar - mês da festa de Purim). Mas coincidências à parte, são dias que têm tudo a ver um com o outro.
A primeira cena da história de Purim é uma bela descrição do banquete real, e apenas uma linha para descrever o que acontecia do lado da rainha. Yochi Brandes nos diz que isso não é só uma “maneira de dizer”, ela contempla a mentalidade e a dominância masculina.
Em seu livro “Sheva Imahot” (Sete Matriarcas), Yochi, uma destacada professora de Bíblia e Literatura Rabínica, se revolta com a tentativa de gerações a fio tentando entender o porquê a rainha Vashti se nega ir ao banquete do rei. O rei teria pedido que ela fosse nua? Ela tinha rabo e chifres (sim, essa é uma opção real dentro da literatura rabínica)?
“Com todas as honras à imaginação interpretativa, vale a pena também honrar o que está escrito e o que não está escrito, e, em nenhum lugar está escrito porque Vashti diz ‘não’. A Meguilá de Esther abre com a história de uma figura feminina independente, que enfrenta o rei do reinado masculino e com coragem lhe diz ‘não’. Simplesmente ‘não’! O que importa por que?”
Depois dela ser “eufemisticamente” retirada do cargo, temos um grande concurso de beleza, descrito com uma certa riqueza de detalhes, que nos leva a nova rainha, Esther. Eleita como a mais bela, depois de todas as belas donzelas terem passado por um ano de preparação em algo como um spa.
Claro que nosso foco na festa de Purim é na grande conquista de Esther em salvar o povo das mãos do malvado Haman. Nosso foco é como nossa identidade judaica deve prevalecer mesmo quando tudo parece estar perdido e nossa luta por podermos ser quem somos. E realmente esse deve ser o nosso foco de vivência comunitária, de identidade judaica.
Mas, aproveitando a “coincidência” da proximidade desta festa com o Dia Internacional da Mulher, não podemos deixar de olhar para a história por esse lado. O reino masculino que ao se deparar com uma mulher que tem vontade própria rapidamente a tira do caminho e que busca por uma liderança feminina bela, quieta e submissa (que acaba sendo bem sagaz e atinada). O reino masculino que quer controlar o feminino e não consegue.
O Dia Internacional das Mulheres é para nos relembrar ano após ano de nossa luta para que a mulher independente possa ser realmente tão independente quanto queira ser. Que possa dizer sim, que possa dizer não, que possa sentir e pensar. E acima de tudo, que possa fazer e deixar de fazer, que possa expressar o que sente e o que pensa.
Ler ano após ano a história de Purim nos relembra porque precisamos de um Dia Internacional da Mulher.
Continuar lendo a Meguilá todos os anos reafirma nossa identidade judaica e nosso compromisso com a equidade de gêneros.
Thu, 26 June 2025
30 Sivan 5785
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Rosh Chodesh Tammuz |
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