Newsletter da Comunidade Shalom

Aprendemos desde a escola que o dia de hoje, dia 13 de maio é celebrado o Dia da abolição da escravatura, mas o que você talvez não sabia é que os movimentos negros ressignficaram a data como Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo. A intenção é lançar um olhar mais crítico sobre a data e reconhecer que, infelizmente, mesmo depois de 134 anos, ainda continuamos lutando por questões básicas, como acesso a oportunidades, e que ainda temos um longo caminho pela frente. 

Assim como Martin Luther King, eu tenho um sonho: viver em um país com igualdade racial e não posso falar sobre esse sonho e essa data sem citar o ID_BR (Instituto Identidades do Brasil) e o trabalho que realizamos há 6 anos. O Instituto nasceu fruto de uma inquietação e de um sonho: acelerar a caminhada pela igualdade racial. Segundo dados do Instituto Ethos, levaríamos pelo menos 150 anos para alcançar a igualdade racial no Brasil, não podemos esperar tanto tempo e o objetivo do ID_BR é justamente reduzir esse tempo em 2/3. 

Já pensou se, em vez de tentar imaginar como será viver essas mudanças, nós pudéssemos vê-las acontecendo? Queremos que as próximas gerações desfrutem de uma sociedade mais justa e para isso as mudanças, e os resultados, precisam começar no agora. 

Não sonhamos baixo, não queremos só um lugar à mesa, queremos também o poder da caneta na tomada de decisões. Queremos ver cada vez mais pessoas negras e indígenas em cargos de liderança e tendo as mesmas oportunidades que pessoas brancas. Queremos que cada vez mais as histórias de sucesso sejam regra e não exceção. Queremos ações e políticas públicas que nos permitam avançar com a pauta racial em diversas esferas. Queremos que nossos filhos e netos não precisem lutar pelas mesmas pautas que nossos avós. 

Para tornar esse sonho realidade, precisamos que toda a sociedade, não só pessoas negras e indígenas, torne essa missão um pacto coletivo. Por isso, que no dia de hoje, eu te convido a pensar junto comigo em maneiras de engajar a caminhada pelo sim à igualdade racial. 

Que tal inserir a pauta nas conversas com amigos, família e cobrar por ações afirmativas que garantam a entrada de pessoas negras e indígenas onde você trabalha? Ou usar as redes sociais para espalhar essa mensagem? Existe um lugar para todos nesta luta e tenho certeza que você encontrará o seu.

Luana Génot