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Visita ao Museu Judaico

09/06/2022 09:15:16 AM

Jun9

Maus (rato, em alemão) de Art Spiegelman, último livro lido pelo grupo, conta a história do pai do autor, Vladek, sobrevivente de Auschwitz, de uma maneira inusitada, através de quadrinhos.

Assim, de uma maneira diferente, fizemos nosso encontro para debater o livro em um local distante da Shalom. Fomos ao Museu Judaico de São Paulo, no domingo dia 29 de maio.

Para alguns, a primeira visita, para outros, a quinta... Mas cada visita é diferente, pois o objetivo é diferente – queríamos focar no que o livro nos trouxe, no que o museu e o livro têm em comum ao mostrar as histórias dos campos de concentração. Mas foi mais do que isso.

Nossa visita foi mediada pelo Bruno, que ao saber quem era o grupo e qual nosso objetivo, sugeriu um percurso pelo museu, onde conhecemos a estrutura da sinagoga que deu origem ao este, passamos rapidamente pela exposição ”Judeus no Brasil: Histórias Trançadas”, que nos deu a oportunidade de ver réplicas de pergaminhos da Torá, com enriquecedoras explicações da Rachel, nossa soferet.

E chegamos à área dedicada ao Holocausto, que traz um painel com notícias tiradas de nossos jornais ATUAIS, com manchetes de racismo, intolerância religiosa, homofobia, chacina,... o que nos deixou em silêncio por alguns instantes, antes de demonstrarmos nosso choque e revolta com a realidade que estamos enfrentando. Lembrar e não esquecer – para não repetir; parece que a Humanidade anda esquecida. Munição para nosso debate!

De lá fomos à exposição “Botannica Tirannica”, da artista Giselle Beiguelman, com curadoria de Ilana Feldman, que propõe uma investigação a respeito do imaginário colonialista que, ao nomear plantas ditas “daninhas”, traz nomes ofensivos e preconceituosos. 

Quão surpresos ficamos com nomes que fazem parte do dia a dia e que não nos damos conta, como Maria sem vergonha, Judeu errante, Bunda de Mulata, entre outros. A exposição traz uma pesquisa profunda e relação entre os nomes científicos e populares, como a ciência carrega os preconceitos da sociedade e como estes estão na nossa frente, disfarçados ou não em flores, cores e paisagens agradáveis.

O Museu Judaico de São Paulo vale muito a pena ser visitado, muitas e muitas vezes, não apenas pela nossa comunidade, mas pela nossa sociedade, pois exposições como a citada acima, não são destinadas a um público restrito, e sim a todos nós seres humanos! Prestigie!

E se desejar participar do clube de leitura, entre em contato com leny@shalom.org.br

 

Sandra Kempenich

Thu, 26 June 2025 30 Sivan 5785